1999

Em cumprimento da alínea a) do ponto 1. do Artigo 4º dos Estatutos. (Cuidar do seu património material)

 

Concluída que estava a recuperação estrutural do Palácio e não tendo sido possível obter a continuação dos apoios do IPPAR e da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais procedeu-se apenas a pequenas obras de conservação, nomeadamente no respeitante à azulejaria. 

Prosseguiram-se as obras em curso no Jardim de Vénus tendo sido nomeadamente concluída a recuperação da Fonte de Vénus (em colaboração com a Escola de Recuperação do Património de Sintra). Foram também restauradas duas das estátuas em chumbo do jardim formal. 

Realização de um Curso de Conservação e Restauro de Pedra que consistiu na limpeza, conservação e restauro dos bustos do torreão poente da Galeria dos Reis. 

Procedeu-se finalmente ao restauro de algumas peças de mobiliário. 

 

Em cumprimento da alínea b) do ponto 1. do Artigo 4º dos Estatutos. (Cultivar o seu património cultural)

Património Referido na alínea a) do ponto 3 do artigo 4º dos estatutos. (Património cultural corporizado no seu património material e o relativo à família que o construiu e preservou, a cuja história está indissoluvelmente ligado)

Como sempre, foram facultados:

– acesso gratuito aos Jardins, Mata e Palácio para visitas de estudo, quer individuais quer de grupos, que seria fastidioso enumerar.

– autorização gratuita para fotografar os Jardins e Palácio para certos fins.

Empréstimo de 1 quadro (D. Pedro de Almeida Portugal, 3º Marquês de Alorna) e família, para integrar a exposição “D. João VI e o seu Tempo” organizada pela Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, no Palácio Nacional da Ajuda, Galeria de Pintura do Rei D. Luís, realizada entre 13 de Maio e 31 de Julho. 

Empréstimo do Contador de “Capela” indo-português para integrar a exposição “Espaços de um Império” organizado pela Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, realizada no Porto, Museu dos Transportes e Comunicações – Edifício da Alfândega, no período entre 4 de Março e 29 de Junho. 

Empréstimo de 1 quadro (D. Pedro de Almeida Portugal, 3º Marquês de Alorna) e 1 miniatura (D. Juliana de Almeida, 2ª Condessa da Ega) para integrarem a exposição “Relações entre Portugal e a Rússia”, no Instituto dos Arquivos Nacionais da Torre do Tombo, realizada entre 25 de Outubro e 30 de Janeiro de 2000.

No dia 20 de Maio, inauguração do Painel “O Fogo” da Pintora Paula Rego. 

Com relevo ainda para este ponto, de salientar as diversas comunicações apresentadas por Fernando Mascarenhas: 

No dia 27 de Janeiro, participou como orador numa conferência promovida pela Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, com sobre o tema “Os interiores de um palácio habitado: O Palácio Fronteira”.

No dia 9 de Junho, apresentou uma conferência sobre Alcipe na Casa Veva de Lima.

No dia 13 de Outubro, apresentou uma conferência no Centro Cultural Calouste Gulbenkian, em Paris, com o título “La Restauration du Palais Fronteira”. 

No dia 22 de Outubro, fez uma nota no congresso dedicado a Leonor Fonseca Pimentel, apresentando um soneto inédito da autora, que tem interesse para a casa já que os poemas foram encontrados nos papeis de Alcipe.

De salientar ainda a conferência apresentada pelo Secretário-Geral, Filipe Benjamim Santos, no Colóquio “Empresas Familiares Motores de Dinamismo Empresarial” subordinada ao tema “A Constituição de uma Fundação como Solução de Sucessão”, apresentada no Hotel Altis, em Lisboa, no dia 13 de Outubro. 

De assinalar as diversas participações televisivas do Presidente do Conselho Directivo: 

Nos dias 10 de 11 de Maio, participou no programa “Portugalmente”, RTP 2, onde fez uma visita guiada ao Palácio Fronteira.

  No dia 2 Novembro, entrevista para a SIC, programa “Séc. XX” (ainda por difundir). 

No dia 5 de Dezembro, Fernando Mascarenhas participou no programa de Maria Lúcia Lepecki “Travessa do Cotovelo”, RTP 2 (programa de estreia). Edição Crítica da Obra da Marquesa de Alorna

(ver na alínea C) do ponto 1 do artigo 4, a Edição Crítica da Obra da Marquesa de Alorna e Projecto – A Nobreza em Portugal Hoje).

 

Património Referido na alínea b) do ponto 3 do artigo 4º dos estatutos. (Património cultural português e de influência portuguesa, o europeu e o da humanidade em geral)

A actividade da Fundação iniciou com um Ciclo intitulado “Poemas ao Desafio – Os Poetas de hoje por palavras suas e alheias”, que decorreu entre 12 de Fevereiro e 18 de Junho, dividido em seis sessões contando com a participação de: I – Tema “História/Histórias”, com Nuno Júdice, Ana Luísa Amaral e Luís Quintais. II – Tema “As paisagens interiores do poeta”, com Luís Filipe Sarmento, João Rui de Sousa, Jorge Teles de Menezes e Mário Máximo. III – Tema “Saudade/Melancolia”, com Fernando Pinto do Amaral, Francisco José Viegas e Pedro Mexia. IV – Tema “Escárnio e Maldizer”, com Ana Hatherly, Fernando Mascarenhas e Vasco Graça Moura. V – Tema “África”, com Luís Filipe Castro Mendes, Maria Alexandre Báskalos e Luís Carlos Patraquim.VI – Tema “Mulheres!”, com Teresa Rita Lopes, Manuela Parreira da Silva e Marta Linel. 

Em Março continuaram as actividades com um Curso denominado “Casa e Linhagem – A nobreza na história social portuguesa” orientado por Nuno Monteiro, com a participação de Mafalda Soares da Cunha e Luís Kruss.

Nos meses de Maio e Junho, teve lugar o curso “Arquitectura Doméstica em Portugal – um itinerário” orientado por Marieta Dá Mesquita, com a participação de José Custódio Vieira da Silva e José L. Callado.

 

Também com início no mês de Maio e estendendo-se a Junho, realizou-se o curso “História da Azulejaria II” por José Meco.

No dia 26 de Maio, o Trio Josef Aschtak deu um concerto onde interpretou obras de Haydn, Beethoven, Dohnányi e Martinu.

Nos dias 21 e 22 de Junho, decorreu o Encontro “Alcipe e o Romantismo” orientado por Aníbal Pinto de Castro, Helena Buescu, Manuela Delille e Teresa Almeida. Contou ainda com a partipação de Adélia Maria Caldas Carreira, Álvaro Pina, António Manuel Andrade Moniz, Fátima Freitas Morna, Fernanda Abreu, Fernanda Gil Costa, Fernando Catroga, João Almeida Flôr, Manuela Delille, Margarida Calado, Maria de Fátima Marinho, Maria Ivone Ornellas de Andrade, Maria José Guerreiro Duarte, Maria Leonor Machado de Sousa, Mário Vieira de Carvalho, Paulo Simões Rodrigues, Teresa Almeida e Vanda Anastácio. 

Em 13 de Julho, a pianista Nina Schumann interpretou Beethoven, Debussy e Rachmaninoff.

Com início em Outubro e estendendo-se a Novembro, teve lugar um curso intitulado “Crescimento Urbano e Ambiente” com orientação de João Ferrão contando também com a participação de Fernando Nunes da Silva, Rui Santos, Graça Saraiva, Luísa Schmidt e Paulo Pinho.

Nos dias 17, 18 e 19 de Novembro, decorreu o Encontro sobre o “Enigma” orientado por Ana Hatherly, Marieta Dá Mesquita e Teresa Almeida. Contou ainda com a participação de Ana Hatherly, Ana Sofia Laranjinha, Anabela Galhardo Couto, António de Macedo, Carlos Augusto Ribeiro, Carlos Couto S.C., Carlos Silva, Cláudia Sousa Pereira, Daniel Tércio, Francisco Vaz da Silva, Hilda Maria Soares de Abreu, Isabel Cardigos, Jorge Leandro Rosa, José Augusto Mourão, José Bragança de Miranda, José Duarte Gorjão Jorge, Lilian Pestre de Almeida, Maria Aliete Galhoz, Maria do Carmo de Vasconcelos, Maria do Rosário Monteiro, Maria João Ceboleiro, Maria Teresa Amado, Miguel Metelo de Seixas, Pedro Marques de Abreu, Pedro Teixeira da Mota, Teresa Salema Cadete e Vanda Anastácio. No final do encontro decorreu ainda uma “Caça ao tesouro” nos Jardins do Palácio Fronteira. 

Embora fazendo parte do Programa do ano 2000 nos dias 26 de Novembro e 17 de Dezembro, decorreram duas sessões de um Ciclo de Leitura integral de “Os Lusíadas” de Luiz Vaz de Camões, que contou com a participação de Aníbal Pinto de Castro, Isabel Almeida, Delfim Ferreira Leão, José Augusto Cardoso Bernardes, Teresa Rita Lopes, Luís Lima Barreto e Fernando Mascarenhas.

 

Em cumprimento da alínea c) do ponto 1. do Artigo 4º dos Estatutos. (Promover a investigação, a criação artística e a formação cultural)

Dada a continuação da política de contenção de despesas não se procedeu à aquisição de livros, pelo que o enriquecimento da Biblioteca da Fundação ficou limitado a algumas ofertas, com excepção das aquisições já mencionadas no ponto (Edição Crítica da Obra da Marquesa de Alorna).

Seguidamente refere-se um projecto autónomo que é relevante para a alínea b) do ponto 1., tal como é entendida em qualquer das alíneas do ponto 3 dos Estatutos.

 

Edição Crítica da Obra da Marquesa de Alorna  

Este foi o último ano do subsídio concedido pela Fundação para a Ciência e para a Tecnologia, seguindo em anexo o relatório relativo a este projecto.

Com as verbas previstas no projecto subsidiado pela FCT foram adquiridos mais de uma dezena de manuscritos originais da Marquesa de Alorna bem como alguma bibliografia.

A Fundação agradece a colaboração da Faculdade de Letras e da Biblioteca, ambas da Universidade de Coimbra.

 

Projecto – A Nobreza em Portugal Hoje 

Em Outubro de 1997, a convite do Instituto de Ciências Sociais, George Marcus participou no Seminário “Liderança e Sucessão em Contextos de Elite”, que teve lugar no Palácio Fronteira, apresentando uma comunicação sobre as famílias dinásticas americanas. Na sequência dessa comunicação estabeleceu-se uma correspondência entre George Marcus, chefe do Departamento de Antropologia da Universidade de Rice no Texas, e Fernando Mascarenhas, Presidente do Conselho Directivo da Fundação, na sequência da qual foi organizada uma visita de estudo de George Marcus a Portugal entre 17 de Julho e 9 de Agosto, com o patrocínio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e o apoio do ICS. No trabalho de campo desta visita de estudo, que incluiu diversas reuniões e entrevistas com representantes da nobreza em Portugal tanto em Lisboa como em Vila Real e Ponte de Lima, participou também Diana Hill Lourenço, tendo Fernando Mascarenhas acompanhado igualmente os trabalhos. Houve ainda duas reuniões com investigadores do Instituto de Ciências Sociais. Está em curso a tradução do relatório apresentado por estes dois investigadores, que será discutido num Encontro a ter lugar em Maio, por um lado, com membros da nobreza e, por outro, com investigadores portugueses de áreas afins… Para princípios de Outubro está previsto outro Encontro, com vista à apresentação final do Relatório e a organização de um pequeno seminário com especialistas na matéria de outros países europeus. 

 

Projecto de Educação Ambiental 

 

Relatório em anexo. 

 

Protocolo com a câmara Municipal de Ponte de Sor

 No âmbito do protocolo com a Câmara Municipal de Ponte de Sor tiveram lugar este ano as seguintes actividades que decorreram na Biblioteca Municipal Calouste Gulbenkian dessa cidade: 

Em 13 de Fevereiro, inauguração de uma exposição de jóias de Tereza Seabra, antecedida por uma conferência com o tema “A joalharia de Autor em Portugal” pela própria artista.

A 3 de Abril, palestra de Celestino David, intitulada “Considerações sobre a Estética” e inauguração da exposição de pintura intitulada “Paisagens da Memória” de Tereza Pais.

Em 22 de Maio, conferência sobre “O Desenho e a Pintura no Ar.Co” por Manuel Castro Caldas assim como inauguração de uma exposição de pintura e desenho de Joana Salvador e André Almeida e Sousa. Esta exposição teve o apoio do Ar.Co. 

Em 12 de Junho, conferência intitulada “O adolescente nos romances de Aquilino, Régio e Vergílio Ferreira” por Carina Infante do Carmo, e inauguração da exposição de aguarelas de Fabiana Vercelletto.

Em 9 de Outubro, conferência intitulada “Dakar – O Minossauro – uma fantasia documental” por José Abrantes e Luís Diferr, e inauguração de uma exposição de Banda Desenhada do Livro “Dakar – o Minossauro” pelos próprios.

 

Actividades em Colaboração com Outras Entidades 

No dia 9 de Março, decorreu o lançamento do canal História da TV Cabo.

No dia 19 de Março, decorreu a Apresentação das 1as Jornadas Transfronteiriças de Tauromaquia – Fronteira 99, organizadas pela Câmara Municipal de Fronteira.

No dia 30 de Abril, em colaboração com a Associação Portuguesa de Nobreza História, realizou-se com a participação de Augusto Athaíde, Augusto Ferreira do Amaral, Conde de Resende e o Marquês de Fronteira, sendo moderado pelo Marquês de Pombal. 

No dia 3 de Maio, decorreu uma sessão de leitura pública integrada no Seminário de Tradução de Poesia da Casa de Mateus, com a participação de Anne Perrier, Salah Stétie, Fiama Hasse Pais Brandão e Fernando Pinto do Amaral. 

No dia 27 de Maio, decorreu o lançamento do livro de Rainer Daehnhardt “Mulheres de Armas e Coragem”. 

Nos dias 27 de Maio, 16 de Setembro, 14 de Outubro e 16 de Novembro decorreram aulas ministradas por José Meco para a Study Journeys. 

No dia 29 de Maio, teve lugar a Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Casas Antigas. 

Em 14 de Julho, em colaboração com a Embaixada da Áustria a Camerata Vocálica Michaels de Viena, sob a direcção de Michael Hladik, deu um concerto em que a primeira parte foi dedicada aos “Sons imortais de Viena” e a segunda “As mais belas melodias de operetas”.

Com início no dia 22 de Outubro, a Fundação apoiou a Exposição “Artistas com Timor”.

Em Outubro, teve lugar a conferência de Imprensa “30 anos das Eleições de 1969”.

No dia 14 de Dezembro, decorreu o lançamento do Livro de Luísa Beltrão “Todos Vulneráveis” com apresentação de Fernando Mascarenhas. 

No dia 18 de Dezembro, criação da Associação de Estudos Portugueses com a qual a Fundação estabeleceu protocolo. 

 

Projecto Alcipe

(1996-1997 e 1999)

O projecto “Para a edição crítica da Marquesa de Alorna: levantamento documental e bibliográfico”, apresentado pela Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, em 1995, e subsidiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia no quadro do programa Lusitânia (nº PLUS/C/LIT/1167/95), visava a preparação da edição crítica das obras da Marquesa de Alorna, de acordo com o seguinte programa:

– organização de uma bibliografia activa e passiva existente sobre a Autora e a sua época;

– levantamento e classificação do espólio manuscrito existente em várias bibliotecas e arquivos, nomeadamente nas Bibliotecas Nacional de Lisboa, Pública de Évora, Geral da Universidade de Coimbra, e da Ajuda, no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, no das Casas de Fronteira e Alorna, bem como nas Bibliotecas de Viena, Londres, Paris e Madrid;

– compra pela Fundação de manuscritos dispersos, não acessíveis aos investigadores, hoje na mão de particulares;

– transcrição, tratamento crítico e anotação dos textos.

O projecto previa que, no final do triénio, se pudesse dar início à impressão do primeiro volume.

A equipa inicial foi constituída por Fernando Mascarenhas e por Aníbal Pinto de Castro, investigador responsável, Maria Manuela Gouveia Delille, Sebastião Pinho, Evelina Verdelho, Marion Ehrhardt e Teresa Almeida que passou a dirigir o projecto a partir de 1999. Em 1997, a equipa começou a contar com a colaboração de Maria Helena da Rocha Pereira e João de Almeida Flor. Finalmente, em 1999, Maria Leonor Machado de Sousa foi convidada a integrar o projecto.

Foram realizadas as seguintes tarefas:

– recolheu-se e sistematizou-se a bibliografia activa e passiva da Autora, existente nas bibliotecas portuguesas;

– transcreveu-se, em versão digitalizada, o texto integral das Obras Poéticas, na edição da Imprensa Nacional (1844);

– procedeu-se à aquisição de todos os manuscritos de interesse sobre Alcipe que foi possível encontrar no mercado;

– procedeu-se à microfilmagem e à reprodução em papel dos núcleos de documentação existentes na Biblioteca Nacional de Lisboa e no Arquivo Nacional da Torre do Tombo;

– elaborou-se uma ficha tipo para classificar a documentação existente;

– classificaram-se (quase integralmente) os documentos reproduzidos (cerca de 20.000 fotogramas);

– foi levada a cabo a transcrição dos manuscritos existentes nos arquivos do palácio Fronteira;

– Manuela Delille e Evelina Verdelho realizaram pesquisas no Fundo Barca-Oliveira, tendo localizado e mandado reproduzir um significativo núcleo de cartas;

– foi encontrado um caderno de Alcipe, com alguns textos inéditos, na Biblioteca Pública de Évora; 

 – foram elaboradas fichas relativas ao núcleo de correspondência emitida e recebida por D. Leonor de Almeida;

– foi feita a transcrição de parte das cartas de Alcipe;

– Fernando Mascarenhas organizou uma cronologia da vida de Alcipe, integrando novos dados que foram sendo revelados a partir do trabalho feito sobre a sua correspondência; 

– foram organizados dois colóquios – “Alcipe e as Luzes” (14,15 e 16 de Maio de 1997), e “Alcipe e o Romantismo” (21 e 22 de Junho de 1999), estando a ser preparada a edição das respectivas actas. 

Apesar de todo o esforço dispendido e dos resultados já obtidos, não foi possível concretizar todos os objectivos propostos pelas razões que se passam a expor. O trabalho de levantamento e classificação do espólio manuscrito revelou a existência de um material imenso e disperso que não se pôde ainda reunir na sua totalidade, dada a sua extensão (existem neste momento cerca de 20.000 fotogramas quase integralmente classificados, provenientes, sobretudo, da Torre do Tombo) e também devido ao facto de terem sido postos à venda novos manuscritos que, uma vez adquiridos e estudados, exigiram novas pesquisas. Por outro lado, o levantamento dos autores alemães, ingleses, franceses e italianos que Alcipe conheceu irá exigir uma pesquisa internacional que deverá ser feita mais criteriosamente. De igual forma, o estudo da correspondência de Alcipe, em grande parte classificada e já parcialmente transcrita, revelou também a necessidade de aprofundar o estudo da sua formação cultural e literária, quer referenciando todos os autores citados, traduzidos, imitados ou adaptados (gregos, latinos, portugueses, franceses, italianos, alemães e ingleses) – trabalho já iniciado, mas ainda não integralmente concluído – quer determinando com maior precisão a cronologia das suas leituras e a sua influência relativa em cada fase da sua vida. 

Quando o projecto “Para a edição crítica da Marquesa de Alorna: levantamento documental e bibliográfico” foi iniciado a situação era a seguinte:

– apenas existiam publicadas as Obras Poéticas da Marquesa de Alorna (Lisboa, 1844) e dois volumes antológicos organizados em 1941 por Hernâni Cidade (Poesias Selecção, Prefácio e Notas, Lisboa, 1941 e Inéditos, Cartas e outros Escritos, Selecção, Prefácio e Notas, Lisboa, 1941), todos esgotados;

– no que concerne a bibliografia passiva da autora, depois dos trabalhos publicados por Hernâni Cidade nos anos quarenta, o investigador apenas podia dispor de alguns artigos recentes que focavam aspectos parcelares da sua obra.

A situação, hoje, é substancialmente diferente, mas há ainda um longo caminho a percorrer. Por isso, foi apresentado um novo projecto à fundação para a Ciência e a Tecnologia.

TERESA ALMEIDA 

 

Relatório de Actividades do Projecto de Educação Ambiental

 “Descobrir os Jardins do Palácio Fronteira”

Terminada a colaboração entre a Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, o Instituto de Promoção Ambiental e o Instituto da Conservação da Natureza, com o apoio financeiro do Programa Ambiente no que diz respeito ao projecto de Educação Ambiental iniciado em 1996, esta Fundação assumiu a sua continuidade desenvolvendo ao longo do corrente ano todas as actividades previstas no seu plano.

Atendendo à redução de proveitos foi necessário solicitar às escolas, no caso específico das animações, uma maior contribuição no pagamento efectuado. Este pedido foi bem aceite, o que pensamos constituir um bom indicador do interesse por estas actividades. Saliente-se no entanto a existência de casos em que as escolas ou as instituições, por falta de verbas, não efectuam qualquer tipo de pagamento, não deixando por esse motivo de participar nas actividades deste projecto. 

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Foram realizadas “Visitas de Descoberta” a alunos do 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico, com o apoio de materiais didácticos já editados. Neste período iniciámos a utilização do Roteiro dos Jardins, concluído em Dezembro de 1998 e que é dirigido aos alunos do secundário.

Apesar de não dispormos de materiais editados, continuamos a trabalhar com a Pré-primária e o Ensino Especial, sempre que solicitados.

Demos continuidade à vertente dos Ateliers com a Pré-primária e o 1º ciclo, introduzindo neste tipo de actividade os alunos do 2º ciclo e do Ensino Especial. Foram concretizados os ateliers previstos no calendário do projecto: no período do Carnaval “Máscaras e Mascarilhas”; na Páscoa o “Ovo Surpresa”; no verão a “Viagem de Mar”; e no Natal “Um Presente para o Sapatinho”. Incluímos uma nova proposta, que consistiu no trabalho com a cortiça, não deixando de dar a conhecer a sua origem e o seu respectivo aproveitamento.

. No que diz respeito às animações dirigimos o trabalho para o 1º e 2º ciclos, tendo sido possível este ano concretizar integralmente todas as animações, uma vez que as condições atmosféricas assim o permitiram. Realizaram-se três animações. A animação do dia da Árvore, a animação do Dia da Criança e a animação do Dia Mundial do Ambiente. 

. Procedemos à elaboração de um questionário de avaliação das nossas actividades, dirigido a todos os professores que nos visitaram no terceiro trimestre do ano lectivo 98/99, cujos resultados estão em fase de análise. Realizou-se também neste período um outro questionário, este dirigido aos alunos do terceiro e quarto anos, cujos resultados já foram objecto de estudo.

. Ao longo de todo o ano de 1999 participamos nos encontros dos Serviços Educativos Nacionais. No encontro realizado em Beja em Fevereiro apresentamos a animação “Descobrir a Árvore”, que tinha sido realizada no Palácio no Dia Mundial da Floresta de 1998.

. Em Junho iniciamos contactos com a Microsoft Portuguesa, com o objectivo de obter uma colaboração para continuar a desenvolver as actividades de educação ambiental, desenvolvendo uma vertente informática. O Projecto daí resultante foi candidatado ao Programa Young Minds In Motion, sabendo-se que foi aprovado na sua totalidade. 

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