palácio fronteira

O Palácio Fronteira é um dos mais belos monumentos lisboetas do século XVII. É uma antiga Quinta de Recreio que se preserva numa forma muito próxima do seu desenho original.

 

Contém a maior coleção de azulejos desta época conservada no seu local para onde foram concebidos. Apesar de se tratar de um Monumento Nacional e de funcionar como museu, o Palácio Fronteira continua a ser habitado pelos descendentes de Dom João de Mascarenhas, o 1º Marquês de Fronteira, que mandou edificar o corpo principal da casa. Esse é um dos encantos desse espaço, que o torna vivo, o humaniza e lhe confere a sua atmosfera tão especial.

História

Foi por volta de 1670 que Dom João Mascarenhas, 2º Conde da Torre de juro e herdade, e 1º Marquês de Fronteira, e sua mulher, Dona Madalena de Castro, mandaram edificar o núcleo central do Palácio Fronteira e o “Terraço das Artes Liberais” que conduz à Capela. Foram eles que mandaram colocar os azulejos que se vêem no exterior da casa, e foi por sua iniciativa que se edificaram todos os elementos arquitectónicos que se vêm nos Jardins, como o “Tanque dos Cavaleiros” e a “Galeria dos Reis” com as escadarias e os torreões que a enquadram. São da mesma época o “Jardim Formal” com as suas cinco fontes, e a “Fonte de Vénus” do Jardim de cima ou “de Vénus”, incluindo o “Tanque dos Ss” e muretes circundantes, a “Casa do Fresco”, o “Ninfeu” e todos os embrechados, designadamente das três grutas da parede principal do “Tanque dos Cavaleiros”, da “Casa da Água ou do Fresco” e do Nártex da Capela. O conjunto destinava-se inicialmente a ser residência de Verão, como se comprova quer pela documentação, quer pela sua arquitectura. Não se sabe exactamente a data do início da sua construção, mas sabe-se que em 1668, aquando da visita de Cosme III de Médicis a Portugal, o complexo se encontrava já em fase adiantada de edificação. Em 1673, quando faleceu a 1ª Marquesa de Fronteira, foi feito um tombo que regista já todos os elementos acima referidos. Após as destruições provocadas pelo terramoto que assolou Lisboa em 1755, o Palácio Fronteira foi ampliado e passou a ser usado como residência principal da família Mascarenhas. O Palácio Fronteira ainda é habitado pelos descendentes de Dom João de Mascarenhas. Este é um dos encantos deste espaço, que o torna vivo, o humaniza e lhe confere a sua atmosfera especial.

Pontos de interesse

 

Quem visita o Palácio Fronteira tem à disposição dois percursos: o do passeio nos jardins ao seu ritmo, com o apoio de áudio e videoguias, e a visita guiada ao interior. Duas vezes por mês realizam-se ainda dois passeios temáticos dedicados aos azulejos e à figuras literárias que habitaram o palácio, respectivamente. As datas destes passeios são divulgadas nas redes sociais e na imprensa. Durante as visitas guiadas ao interior, o visitante tem acesso às salas de aparato do palácio, Batalhas, Painéis, Quatro Estações e Juno, à Biblioteca, ao Terraço das Artes e à Capela. Vale a pena sair um pouco da agitação do centro de Lisboa e conhecer este espaço único, onde a História se cruza com as vivências da contemporaneidade.

De entre os integrados nos jardins ou horta, destacam-se:

 

Jardim Formal, limitado a Poente, Norte e Nascente, por três muretes com azulejos e, a Sul, pelo conjunto formado pelo Tanque dos Cavaleiros e Galeria dos Reis. O chamado Jardim de Vénus ou Jardim de Cima situa-se num plano superior ao do Jardim Formal, e é rematado pelo conjunto constituído pelo Tanque dos Ss e Casa do Fresco ou Casa da Água. É hoje um jardim com árvores exóticas e canteiros de buxo, divergindo bastante do que teria sido na sua origem. O Ninfeu ou Tanque dos Pretos, situado num plano superior ao do Jardim de Vénus, sensivelmente o mesmo plano do Terraço, que consiste num tanque, actualmente dividido em duas partes, uma das quais é uma piscina rodeada por um espaço que permite contorná-la. A Sul e Oeste este espaço é limitado por um muro com cerca de 3m de altura, com nichos nos quais se inserem dez esculturas em chumbo representando divindades menores.

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